A FNE criou um livro especialmente direccionado para os docentes não colocados, ou melhor, colocados sim mas no desemprego.
Você é professor há mais de 10 anos e ainda continua a trabalhar às prestações ou até há vários anos que não trabalha...
Quer um conselho meu? Desista do professorado, ou candidate-se para o estrangeiro para trabalhar na sua área ou noutra.
Já viu o que está a perder por continuar a insistir querer ser professor?
Vive numa constante instabilidade por não saber se anualmente fica colocado, e sem ter certezas se fica perto da sua casa, e com sorte de pagar para trabalhar, pois poderá ter um salário incapaz de suportar as suas despesas de deslocação e/ou de logística. Pior que isto é que muitos dos professores estão a adiar constituir família por conta de toda esta instabilidade, e muitos devido à distância esmorecem os seus laços matrimoniais.
Por exemplo no caso da Matemática, há por aí quem a apelide de "Calcanhar d' Aquiles". Admiro-me é como há tanto professor desta área no desemprego. Afinal Matemática não é assim tão difícil, pois se há tanto professor desta disciplina é porque eles mesmos já serão uns entendidos na matéria, e olhem que são imensos.
Se o professorado era a sua vocação e não lhe está a dar frutos, pense que não se deve trabalhar para vegetar, mas sim para viver o melhor possível e sem ter de sacrificar os seus outros planos a nível familiar.
Ser professor é gratificante? Sim, sem dúvida!
Ser professor desempregado é o quê? É um desespero, é um sentimento de fracasso ou de injustiça nos concursos, é pensar que se estudou para nada (tal como noutros cursos).
Afim de garantirem as necessidades esporádicas de serviço docente, as escolas podem elas próprias abrir concursos especiais. De acordo com legislação sobre o assunto:"trata-se de um mecanismo de recrutamento de professores em que as escolas/agrupamentos podem fixar os seus próprios critérios de admissão, ordenação e selecção de candidatos".
Será que ninguém vê que esta forma de contratação pelas escolas é uma injustiça? Quantos e quantos não aproveitam esta brecha para entrarem com a ajuda do Sr. "Cunha Valente"?!
Sejam transparentes!
Se Portugal transborda de professores, fechem-se cursos de ramo educacional! Não formem docentes só para provarem estatisticamente que somos muito doutos...
Para o ajudar a si professor ou professora, anexo a este post o link para o referido Manual do Docente Desempregado. Leia-o e depois diga-me o que pensa dele e de toda esta vossa conjuntura profissional.
Faça aqui os comentários que quiser, pois não pode é continuar resignado à condição de docente desempregado!
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