A praia pareceu-me ser agradável, com águas temperadas de calor e sal q.b. O sol, tal como na Caparica parece ser mais forte que nas praias de Cascais.
À chegada ofereciam exemplares do Jornal Destak (talvez para estimular a leitura em tempos de ócio), mas recusei, pois já tinha um que me haviam dado nos semáforos à entrada da Costa da Caparica.
Praticantes de parapente enfeitavam os céus enquanto eu secava o bacalhau ao sol ou dava uns mergulhos no mar.
Por volta das 20 horas, vários tractores aproximaram-se do mar para ajudar a puxar as redes que barcos tinham lançado ao mar.
Com muita pena minha assisti a um cenário de desperdício tal de peixe que começo a pensar em formas de aproveitamento e rentabilidade dos peixes que por este ou aquele motivo são regeitados. Nas redes deste barco recolheu-se sardinhas, carapaus, lulas, alforrecas (que obviamente foram devolvidas ao mar), cavalas (em enorme quantidade, tendo a maioria sido desperdiçada), uns poucos peixes agulha, e outros em pequenas quantidades.
Já sabe, se quer peixinho gratuito pode ir esperar o fim das pesacarias nesta e noutras praias do país.
Todos ficámos satisfeitos, poupámos dinheiro com o jantar e evitámos tanto desperdício de peixe.
Pensei em algumas formas de evitar ou rentabilizar esta situação, só desconheço a viabilidade dessas minhas ideias quando postas em prática.
Os pescadores poderiam sugerir às pessoas interessadas em levar peixe grátis, que os ajudassem no trabalho, na selecção do que querem vender, pois trabalhando mais rapidamente poderiam mais depressa devolver os peixes rejeitados ao mar e consequentemente até talvez evitar a morte de muitos.
Também pensei que essa selecção pudesse ser feita por mergulhadores dentro do mar, pois assim tudo que não se quisesse nem sequer sairia do mar.
E por último pensei que se realmente não puserem em prática nenhuma das minhas propostas anteriores, talvez consigam descobrir excelentes utilizações dos peixes até então rejeitados, talvez pudesse surgir um outro nicho de mercado directamente receptivo para esse pescado e quem sabe se inventasse um novo combustível a biodiesel à base de peixe desaproveitado, ou algo ecológico, que nos ajudásse a poupar dinheiro e ambiente, e a tornar útil o suposto inútil.
O primordial é mesmo poupar evitando estragar ou desaproveitar.
A verificar-se ser possível alguma das minhas hipóteses anteriores, seguramente os pescadores veriam as suas vidas melhoradas com o colateral acréscimo salarial, estimulado pelo aumento de mercados receptivos a todos os seus pescados sem excepção.
A quem vir este meu post, recomendo que reflicta e se possível accione os mecanismos fundamentais para mudar a conjuntura actual das pescas para melhor.
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